À espera de 2012

O ano de 2012 vem suscitando muita expectativa com relação a mudanças profundas a ocorrerem no nosso planeta. Os estudiosos do calendário Maia que o digam! Já tivemos até filme de Hollywood e, a bem da verdade, as grandes catástrofes que passaram a atingir a Terra nestes primeiros anos do século XXI, não colaboram muito para manter uma visão positiva com relação ao nosso futuro – tsunamis, terremotos, enchentes, deslizamentos… Será que, agora, o mundo acaba mesmo?

Está tudo muito efêmero – mudanças atingindo a todos, seja a nível pessoal ou coletivo. No entanto, esta não é a primeira vez que enfrentamos uma virada de ano com tanta expectativa.  Há não muito, vivemos momentos semelhantes na chegada do novo milênio e também na virada para o século XXI. O medo passa a tomar conta das pessoas e, infelizmente, também das crianças. Para alguns, os sintomas acentuam-se necessitando uma intervenção médica ou terapêutica.

No entanto, o que será que estará em jogo em 2012: o fim do mundo ou o fim da forma como vemos e percebemos o mundo e a nossa realidade? O meu voto vai para a segunda opção, já que é nisto que venho trabalhando há tanto tempo.

Já não dá mais para seguirmos acreditando que somos apenas o que os nossos sentidos físicos conseguem perceber: ver, ouvir, tocar, degustar ou cheirar. Limitar a nossa existência a isto é o mesmo que limitar o Universo a Saturno – último planeta visível a olho nu. Este era o sistema de crença vigente até a descoberta de Urano, em 1781, coisa que só foi possível mediante o desenvolvimento de equipamentos mais poderosos para olhar o céu. Estamos, portanto, há mais de dois séculos atrasados!!  Nem, Einstein, com sua Teoria da Relatividade, mostrando a intercambialidade entre energia, matéria e luz, nem todo o desenvolvimento tecnológico e científico do mundo atual, conseguiram a proeza de mudar este sistema de crença, este paradigma materialista do ver para crer. Grande maioria da população do planeta Terra insiste em continuar acreditando que somos apenas seres de carne e osso, ignorando ou desconfiando de tudo que está além dos seus cinco sentidos físicos.

Como será quando mais pessoas perceberem que o que chamamos de realidade é uma ilusão, uma limitação, dos nossos sentidos físicos – que vivemos num mundo regido pela nossa dimensão sensorial? O que está além disto?  Como seria o nosso mundo se tivéssemos um espectro visual ou auditivo mais amplo, como alguns animais?

Coincidentemente, 2012 já vai começar com uma novidade cósmica – a recente descoberta de um planeta possivelmente habitável ( o Kepler 22b ), fora do nosso sistema solar, graças a um poderoso telescópio, desta vez, espacial. A história se repete, convidando-nos a ampliar, ainda mais, a nossa visão de mundo e de nós mesmos.

 O que esperar de 2012, então? Será este o ano em que, enfim, daremos este salto de consciência para reconhecer nossa verdadeira natureza física, para reconhecermos que somos todos um e que nossa lei é o Amor?

 Como saber o que é real e verdadeiro para nós em tempo de grandes mudanças? Minha dica? Explore os seus sentidos internos, sua intuição e escuta interiores alinhando-as com o seu coração. Expanda o seu sentir, o amar verdadeiramente a si mesmo, ao próximo e ao planeta. Seu coração será a sua bússola neste novo tempo do porvir, lembrando-se sempre que :”na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”, como já dizia Lavoisier.

Receba  2012 com o coração aberto, receptivo as mudanças, e disposto a fazer valer esta sua jornada neste aqui e agora deste lindo planeta. Muitas bençãos para você! Saúde, Sucesso, Amor, Paz, Prosperidade e mais que tudo, Felicidades!!

“Nós não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual; somos seres espirituais vivendo uma experiência humana.”

Teilhard de Chardin