Retrospectiva 2012 – um ano de muita semeadura

Bah, guria!! Tua velhice não será nada monótona!!

Gilberto Herter

Estas palavras de um amigo da Petrobrás, há um bom tempo, tem-me vindo muito à lembrança. Não sei dizer ao certo se minha velhice já chegou mas, definitivamente, minha vida não tem sido nada monótona, especialmente nestes últimos anos.  O que dizer, então de 2012? Minha sensação é que vivi, pelos menos, uns cinco anos em um só! Talvez, isto tenha sido decorrente de toda a especulação quanto ao final do mundo. Talvez, uma sintonia com a aceleração do Universo. Não sei dizer…Só sei que 2012 ficará marcado como um ano de muita semeadura, um ano em que senti uma grande urgência de soltar informação, de compartilhar. Há muito a fazer pela Terapia Floral e a falta de informação é um dos grandes obstáculos para seu avanço, em todo o mundo. Assim, procurei fazer minha parte, tanto no exterior quanto aqui no Brasil.

Comecei o ano fechando minha vida em Campinas e voando para mais uma temporada na Inglaterra e na Bélgica.  Chegando à Inglaterra, na terra do rei Arthur, Glastonbury, fui palestrante no encontro da associação britânica de florais e essências vibracionais. Minha tarefa foi a de propor uma reflexão sobre as várias regras, preconceitos e/ou mitos que regem a prática da terapia floral, especialmente, a terapia floral de Bach. Não sei onde encontrei coragem para dirigir-me a um público tão seleto de terapeutas e produtores de essências florais. Foi um choque, sem dúvida. Ninguém nunca havia parado para pesquisar a origem de algumas regras. Tampouco as pessoas conheciam o termo estado da técnica e sua importância na pesquisa científica. Ufa!! Corri um grande risco de ser deportada! rs..rs.. Mas, aos poucos, as pessoas foram-se chegando para trocar mais idéias.

Ainda na Inglaterra, ministrei o primeiríssimo curso sobre os Florais da Califórnia, com o aval dos pesquisadores e diretores da Flower Essence Society, Richard Katz e Patricia Kaminski ( vide ). Foi um parto, dos mais difíceis. No entanto, o curso saiu. De quebra, conheci a pequeníssima charmosa Newton Valence e fiquei hospedada na casa de uma família encantadora. Antes de voltar para o Brasil eu ainda ministraria outro workshop em Newton Valence, a pedidos dos participantes.

Na Bélgica, a movimentação foi concentrada e intensa. O meu foco? Divulgar o uso das essências florais na educação e promover o método de educação emocional e social para crianças. Geraldine Langlois e eu tivemos uma série de reuniões com autoridades da área da educação e realizamos o primeiro workshop, na Europa, sobre o uso dos florais na educação. Vale lembrar que, no congresso da rede européia de educação emocional e social de 2011, a grande maioria dos palestrantes e educadores presentes na Universidade de Manchester, na Inglaterra, desconhecia, por completo, os benefícios do uso dos florais na educação. Inacreditável, não? Infelizmente, é a mais pura realidade..

Também na Bélgica, a pedidos de algumas participantes do workshop, ministrei um mini workshop voltado para as questões do feminino, explorando um pouco mais dos Florais da Califórnia. Foi um deleite! As alunas adoraram!

A pedidos, também, atendi algumas crianças e suas mães. Uma experiência única para mim, onde precisei de todo meu talento geminiano para idiomas. As consultas misturavam o inglês, o espanhol e, até mesmo, o francês! No fim, tudo deu certo. A linguagem das emoções é universal. Charles Wart, distribuidor de essências florais em Bruxelas, foi quem ficou encarregado de preparar as fórmulas, para seu desespero. Ele nunca havia visto fórmulas tão longas e nem sabia que era possível combinar muitos florais no mesmo frasco!! E vejam bem, fui até econômica… A maioria das fórmulas ficou em torno de uns 22 florais por frasco!

Infelizmente, nem tudo são flores no reino da Bélgica. O projeto Kirikou – florais para menores refugiadas, foi interrompido, temporariamente, em função de grandes mudanças físicas e políticas na entidade. No entanto, a semente foi plantada. Espero que germine no tempo certo.

De volta ao Brasil, cheguei em tempo de ministrar minha aula sobre famílias botânicas no curso de Especialização da UFRJ – Hesfa. A-do-ro ver o olhar de encantamento dos alunos ao explorar uma flor com a lupa. Missão cumprida!

No início de agosto, compartilhei aqui no Rio a minha abordagem terapêutica com os florais de Bach, objeto da minha apresentação em Glastonbury – Atualizando Bach, uma abordagem evolutiva do seu o trabalho. Um curso para abrir a cabeça com relação as posturas que limitam a obra do nosso grande mestre da cura com as flores.

Logo em seguida, tivemos a eleição da nova diretoria da Rioflor, onde passei a dividir a Diretoria de Ensino e Pesquisa ao lado da colega Graça Borges.

Ainda em agosto, à convite da Asterflor, fui para Campo Grande, MS, ensinar sobre o sistema da Califórnia. Fiquei surpresa em descobrir este núcleo de Terapia Floral tão bem organizado na região central do nosso país. A Asterflor está de parabéns, pela seriedade, profissionalismo e hospitalidade. A todos, meu muito obrigada!

Setembro foi o mês do curso dos florais na educação aqui no Rio de Janeiro. Mais uma vez, a salinha da Rioflor, cumpriu o propósito de atrair as pessoas afins a esta tarefa. Com muita emoção, percebemos o toque de São Francisco de Assis…Coisas da Spreading Plhox…

Estando em Campinas, no aniversário do Dr. Bach, fui visitar os colegas dos Seareiros/Núcleo Mãe Maria. Quanta emoção ao ver que o trabalho continua firme! Breve estarei compartilhando mais sobre esta visita.

Setembro e outubro, por outro lado, foram meses também muito importantes em termos familiares. Meus filhos mais novos iniciaram uma nova vida a dois. A época foi de muita celebração, viagens e visitas queridas. Sumi por um tempo, só retornando à ativa em novembro para o curso sobre os Florais de Saint Germain, organizado com todo carinho e atenção pela Floressência, aqui no Rio de Janeiro. Este marcou o final do meu ano letivo.

Nos bastidores, alguns alunos do Practitioner da FES estão finalizando seu processo de certificação enquanto que, uma comissão de ensino e pesquisa da Rioflor, trabalha na criação de um treinamento para terapeutas florais.

Por fim, quando todos pensavam que o mundo iria acabar no dia 21 de dezembro, 2012, trouxe-me uma grande novidade. Virei três vezes avó – de uma só vez , de supetão. Minha filha mais velha e meu genro, que acabavam de ser aprovados no programa nacional de adoção foram contemplados com um grupo de irmãos – um fato raro nos processos nacionais, onde a maioria dos casais pleiteia a adoção de um bebê. No entanto, esta não era a opção da minha filha que, desde sempre, quis ter uma família numerosa não importando se esta seria composta por filhos biológicos ou não. E aí as crianças vieram, antes mesmo do Natal, finalizando o ano com muita alegria, gratidão e esperança renovadas.

Ao que tudo indica, 2013 também não será nada monótono!!

A todos que caminharam junto a mim neste ano, o meu muito obrigada!!

Boa virada!! Feliz ano novo!!