Alegria e Cura – um antiga mensagem de Natal de Julian Barnard dirigida aos terapeutas florais brasileiros.
Alegria e Cura – um antiga mensagem de Natal de Julian Barnard dirigida aos terapeutas florais brasileiros.
- dezembro 24, 2014
- Posted by: zek
- Categoria: Geral

Ao mexer em alguns documentos antigos, antes de viajar para o Natal, deparei-me com esta linda mensagem de Julian Barnard, grande pesquisador da obra do Dr. Bach, autor de vários livros e produtor dos Florais de Bach Healingherbs, publicada no Floretim, o boletim informativo da antiga Abreflor – Associação Brasileira de Essências Florais.
O ano é incerto: possivelmente, entre 1991 e 1993, época em que Beth Bruno, uma das pioneiras dos Florais de Bach no Brasil, instrumento para que o trabalho e os ensinamentos de Julian Barnard chegassem até nós, foi editora do mesmo.
Curiosamente, encontrei dois exemplares iguais do antigo Floretim. Logo percebi que, encontrar esta mensagem agora, não era à toa. Ela precisava ser vista e lida de novo por mais pessoas e pelas novas gerações de terapeutas florais.
A Abreflor já não existe mais e Beth Bruno deixou-nos há quase dez anos. Assim, dirigi-me diretamente ao autor, Julian Barnard, em busca de autorização para compartilhar o texto. E ele concordou!!
Assim, faço da mesma, também a minha mensagem de Natal. Que ela possa inspirar a vida e o trabalho de cada um de vocês!
Aproveito a oportunidade para agradecer a todos os meus alunos deste movimentado ano e a todos os organizadores dos eventos e cursos que palestrei/ministrei, aqui no Brasil e no exterior – Suzana Krause, Belinda Usmar e Angela Smale, Lina Monteiro, Rogéria Comim, Talita Margonari Lazurri e minha amiga e parceira em Curitiba, Lizamar Rodriguez.
Gratidão!!
Um abraço fraterno,
Um Natal de Luz e Paz a todos!
Rosana Souto
Alegria & Cura – Uma mensagem ao País do Trópico do Coração*
Julian Barnard ( 1991/1993)
Em seu último mês de vida, quando Edward Bach soube que estava morrendo, escreveu aos amigos pedindo-lhes que dessem continuidade ao seu trabalho. Nesta mesma carta, ele também lhes transmitiu sobre o quanto estava convicto a respeito do “trabalho que tem a possibilidade de diminuir o poder da doença e estabelecer o homem como um ser livre”. Esta colocação não poderia ser feita sobre um sistema de medicina comum.
– Qual foi o sentimento que levou Bach a fazer tal afirmação? Desilusão ou premonição?
Meio século depois deste fato, nós já temos muitas evidências sobre a eficácia dos remédios florais. Quando passamos a abordar a doença física como uma decorrência do estado da saúde emocional, observamos também que as essências são muito importantes no processo da cura, na medida em que estas propiciam uma libertação do peso que as dificuldades emocionais causam.
A liberdade da qual Bach falava ( e, que no meu modo de ver, foi sua maior lição de vida ), também está relacionada com a liberdade de elaborarmos a nossa própria saúde e ainda, melhor compreendermos a nossa natureza.
Tais idéias são melhor recebidas hoje do que em 1930. A grande aceitação da medicina holísica e a idéia de uma nova consciência, nos fez, relamente, acordar para a interrelação existente entre os aspectos físicos, emocionais, mentais e espirituais do ser humano.
Estamos sendo convidados a conscientizarmo-nos sobre a responsabilidade que temos com a nossa vida em todos os níveis. Assumir esta responsabilidade confere a nós ( e somente a nós mesmos ), a liberdade de atuar sobre a doença. Bach colocou toda a força deste pensamento no título da sua conferência “ Nós sofremos de nós mesmos”.
Este tema, o da responsabilidade pelas nossas vidas e de como a vivemos, permeou todos os artigos que ele escreveu; porém, tal afirmação pode parecer, para muitos, um desafio além de suas próprias possibilidades. Seria assim, se ao mesmo tempo ele não estendesse uma mão, e oferecesse um meio pelo qual este caminho pode ser trilhado. Sua proposta constitui-se na apresentação simples e clara de uma filosofia de vida, como também de determinados remédios que nos darão subsídios para tal busca.
Resumidamente, a filosofia estabelece que a alegria é a melhor medida da nossa saúde, e que esta, em última instância, é decorrência do viver em comunhão com o nosso Eu Superior.
A doença em nosso corpo físico é resultado da nossa resistência em sermos guiados pela nossa alma. È quando nos tornamos surdos aquela voz interior e abandonamos a Divindade que está dentro de nós. É quando impomos a nossa vontade e desejos sobre os outros, ou mesmo quando permitimos que outros nos subjuguem com sugestões e pensamentos alheios ao nosso caminho.
À medida que nos libertamos de influências externas e de outras pessoas, nossa alma ganha força para nos impulsionar e realizar o Seu Trabalho.
Em relação as plantas que nos ajudarão a superar nossos problemas, ele diz: “Assim como Deus, em sua infinita bondade, no dá alimento para comer, Ele também nos oferece plantas silvestres curativas para nossos males. Elas atuam como uma mão estendida aqueles que num momento de escuridão perderam o sentido da Divindade e, portanto, abrem um espaço para que o medo e a dor encubram a Sua Imagem.
Tais conceitos afastam Bach radicalmente das drogas medicamentosas de síntese. Elas são a expressão do que Bach engloba como “métodos baseados no materialismo”, métodos que não podem ser realmente efetivos, simplesmente porque a doença, na sua origem, não deriva do nível físico ou material.
O que nós conhecemos como doença em nosso corpo físico, é o produto final, produto de forças profundas e atuantes. Se o tratamento é realizado visando unicamente o aspecto físico, seu sucesso pode ser apenas aparente, nada mais do que um alívio temporário. “ A menos que a real causa tenha sido removida…nenhum esforço direcionado somente ao corpo pode fazer mais do que reparar superficialmente o dano; e nisto não há cura, uma vez que a causa da doença ainda está presente e pode, a qualquer momento, demonstrar novamente sua presença em uma outra forma”.
Este raciocínio o levou a concluir que “ o médico do futuro” necessitará realizar seu trabalho sob um outro prisma. “Ele terá pouco interesse em Patologia ou Anatomia Mórbida, seu estudo será dirigido à saúde. Não importará para ele se, por exemplo, a respiração curta é causada pelo bacilo da tuberculose, “streptococcus” ou qualquer outro microorganismo. Importará saber, isto sim, por que o paciente tem dificuldade em realizar o ritmo do respirar. Não importa saber qual das válvulas do coração está danificada, mas será vital conhecer de que modo o paciente está lidando com o sentimento do amor. O Raio-X não será mais necessário para examinar uma junta artrítica. Mas é importante pesquisar a mente do paciente e descobrir o processo da rigidez em sua forma de pensar.
O prognóstico da doença não mais dependerá apenas de sinais e sintomas físicos, mas da habilidade do paciente em corrigir suas faltas e harmonizar-se com a sua vida espiritual.”
Mesmo hoje isto nos leva a um “salto de esperança”, uma confiança nas forças superiores da vida, numa maior potência das influências não-materiais e invisíveis. Para algumas pessoas, tal confiança é intrínseca a sua experiência e natureza. Mas para nós, terapeutas, cientistas e médicos é mais do que isto: é a oportunidade de reverter a estrutura do pensamento formal estabelecido.
O homem, num mundo já sem valores, que não sustenta a sua condição humana, muitas vezes encontra-se longe de suas verdadeiras raízes. Perante este homem nós assumimos um papel. A ele nos cabe ajudar, ampliando em nós a real capacidade de compreender e amar.
A época de Natal é propícia ao despertar deste impulso. Meus votos são para que todos nós possamos iluminar o caminho dos que nos buscam, sustentar-lhes as forças, mostrar-lhes a fonte de cura maior, que apesar de escondida e envolta, com certeza se encontra viva no âmago de cada coração.
Feliz Natal
Julian Barnard
* texto publicado primeiramente na terceira edição ( 1991/1993 ) do Boletim ( Floretim ) da antiga Associação Brasileira de Essências Florais – Abreflor, no período em que Elizabeth Bruno foi editora – compartilhado, agora, com permissão do autor.
P.S os grifos são da autora deste blog
2 Comentários
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Lindo Rosana!!! Feliz ano novo, cheio de perspectivas, conquistas… etudo que tem direito. bjs
Oi professora !!!!
Só vi agora.
Muito bom !!!!! Que responsabilidade a nossa para conosco mesmo.
Vamos em frente, auxiliando a nós mesmos em primeiro lugar.