O outono e as plantas de Bach
O outono e as plantas de Bach
- novembro 6, 2016
- Posted by: zek
- Categoria: Geral

Este ano, em função de ser um ano “redondo” do nascimento do Dr Edward Bach, deixei para fazer minha temporada no exterior no outono, e não, na primavera, como costumo fazer. Afinal, a primeira vez que viajei no outono, foi justamente há dez anos, coincidindo com a Conferência Internacional Bach Cromer.
Neste espaço de tempo, minha habilidade para reconhecer, identificar, as plantas de Bach foi-se aperfeiçoando com as temporadas de primavera e verão, na Inglaterra. No entanto, desta vez, queria ver os frutos, as castanhas, a transformação das cores das folhas, enfim, queria vivenciar esta preparação da natureza para a finalização de um ciclo. Afinal, 2016, é, também, um ano de finalização de ciclo…
Assim, procurei encaixar meus compromissos no exterior para esta época, livrando um tempinho para matar a saudade dos campos ingleses e tentar ver a florada de algumas plantas “retardatárias” como Gentian e Scleranthus. Infelizmente, o tempo foi pouco…Precisaria ter ficado mais: até meados de novembro, mais ou menos, para ver a transição completa.
No entanto, não posso reclamar. Fui agraciada com presentes maravilhosos, que ficarão para sempre em minha memória.
Já na chegada em Portugal, mais precisamente no Porto, Heather veio saudar-me. Depois de vê-la tantas vezes, já consigo distingui-la de longe. No entanto, em Portugal, foi a primeira vez que a vi. Suas touceiras, com as minúsculas flores de cor púrpura, misturavam-se com os arbustos de Gorse, na estrada em direção a Fátima. Também nos barrancos da linha do Metro que liga o Porto a outras cidades próximas. Infelizmente, por conta do movimento, não consegui fotografá-la. Só, posteriormente no Bach Centre, onde vasinhos contendo a planta florida ornavam as salas da casinha.

No Bach Centre, a florada de Cerato estava chegando ao fim. O arbusto já exibia folhas bem avermelhadas e grande quantidade de sementes.


Da mesma forma, Agrimony. Suas sementes, em forma de carrapicho grudaram na minha mochila, só de passar perto para fotografá-las. Acho que elas estavam querendo pegar uma carona para o Brasil, já que Agrimony adora viajar…


Nos campos, Beech ainda não estava totalmente amarela ou já avermelhada. No entanto, peguei as castanhas e o barulho característico dos esquilos a disputá-las. É muito legal!



Do mesmo modo, as castanhas da White e da Red Chestnut estavam no ponto e pude, enfim, conhecê-las de pertinho. Na Inglaterra, as castanhas da White Chestnut, nossa castanha da Índia, são chamadas de conquer e as crianças ( de antigamente! ) costumavam brincar com as mesmas.



O interessante, com relação a árvore da White Chestnut ( Castanheiro da Índia ) é que suas folhas ficam diretamente marrons e enroladas, a partir da ponta, como se estivessem queimadas. Com isto, é facilmente distinguida de outras à distância.

O arbusto de Holly já estava repleto de frutos e Impatiens também exibia suas bolsinhas de sementes. No campo perto de onde fico, na Inglaterra, as Impatiens, este ano, tiveram dificuldade para dominar das margens dos canais. A urtiga tem disputado o espaço com ela para valer. Assim, estranhei o número reduzido de exemplares, em comparação a outras temporadas.



Assim como outras rosáceas, os galhos de Wild Rose estavam repletos de frutinhos. Dava para ver de longe.

Enquanto os de Willow cintilavam em dourado: folhas já amarelas confundiam-se com o amarelo vitelina dos mesmos. Lindo!


Clematis, por outro lado, expunha suas sementes prateadas fazendo jus a um de seus nomes populares – Barba de velho. Desta vez, pude observar várias etapas desta vinda das sementes de Clematis. Como sempre, ela nos encanta.




Precisarei ir de novo, no outono, para ficar mais e aventurar-me nas regiões de colinas calcárias para ver a flor de Gentian. Esta aí, precisamos ter muita persistência e fé para encontrá-la. Nem no “berçário” que existe no Bach Centre, ela deu as caras. Do mesmo modo, Scleranthus. Encontrá-la nos campos, hoje em dia, é o mesmo que encontrar uma agulha no palheiro. No entanto, esta, pelo menos, ainda revi, ainda que em vaso, na Suiça.
Deixarei a parte da Suiça para outro post, pois lá vivi momentos ainda mais especiais, junto a exemplares de Larch antiquíssimos, de Oak e de Elm, verdadeiros presentes e ensinamentos da natureza, que ainda hoje ecoam em minha alma.
Aos poucos, vou dividindo com vocês o que vivenciei nestes últimos meses. Até mais!
3 Comentários
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Agradeço seu carinho e sensibilidade em nos envolver em suas observações tão precisas e a poesia com que as descreve. Desejo que esse amor pela obra de Dr. Bach multiplique e se expanda ao universo de todos que compartilham dessa obra abençoada para a humanidade!!!!
Parabéns e vida longa a suas pesquisas!!!
Obrigada, Regina! Seja muito bem-vinda! Um abraço fraterno!
Querida Rosana, cada post que você publica é uma verdadeira aula pra mim! Adoro!!
Continue assim…mestra querida!
Beijão e saudade!