A Botânica Arquetípica e a prática da Terapia Floral – unindo a alma humana à alma da natureza
A Botânica Arquetípica e a prática da Terapia Floral – unindo a alma humana à alma da natureza
- novembro 18, 2018
- Posted by: zek
- Categoria: Botânica Arquetípica Educação do Terapeuta Floral História da Terapia Floral no Brasil Terapia Floral

Hoje, quase trinta anos após o boom da Terapia Floral no Brasil, muitos terapeutas reconhecem a importância do estudo das qualidades sutis das famílias botânicas para a prática da Terapia Floral.

No entanto, no início, isto não era bem assim. Ninguém queria saber da planta que dava origem a determinado floral. Todo mundo só queria saber pra que aquele floral servia. Até hoje, é comum encontrarmos esta postura nos usuários das essências florais ou naqueles que estão começando na Terapia Floral. No entanto, a medida que aprofundamos nesta prática ou em nós mesmos, é impossível separarmo-nos do todo e, por conseguinte, da natureza. Assim, entender a linguagem sutil de suas flores, a razão pela qual as utilizamos para equilibrarmos nossas emoções, torna-se uma consequência do nosso desenvolvimento maior como terapeutas florais.
Na pesquisa do entendimento das qualidades sutis das flores, ressalto o trabalho de Julian Barnard, grande autoridade em Florais de Bach, que decifrou esta linguagem, trazendo para nós informações valiosas com relação a assinatura, gestual e habitats das plantas utilizadas pelo Dr Bach. Desde o início do seu envolvimento com os Florais de Bach, Julian sempre teve grande interesse em conhecer mais sobre as plantas do sistema, o que viria culminar com o lançamento do seu livro Forma e Função ( Form & Function ), em 2002. No entanto, seu livro The Healing Herbs of Edward Bach – an illustrated guide to the Flower Remedies – As ervas curativas de Edward Bach, um guia ilustrado dos remédios florais ( Julian & Martine Barnard ), primeiramente publicado em 1988, foi o que me deu segurança para começar minha carreira como educadora floral.

Por outro lado, devemos aos pesquisadores e diretores da Flower Essence Society, Richard Katz e Patricia Kaminski, Florais da Califórnia, o estudo das qualidades sutis das famílias botânicas na educação do terapeuta floral. Foi daí que começou minha paixão por este tema.

Quando fiz o primeiro treinamento de practitioner com eles, em 1995, no Brasil, minha sensação era a de estar abrindo arquivos há muito instalados em minha memória. Tudo fazia sentido! Tudo era familiar, até aqueles nomes esdrúxulos das famílias botânicas: ranunculáceas, escrofulariáceas, hidrofiláceas. Nossa! Era uma junção da Química com a Astrologia, só que não apresentada desta forma. A Flower Essence Society desenvolveu uma metodologia especial de “olhar” para o reino vegetal e captar suas qualidades sutis de cura, independente de qualquer conhecimento adicional: as Doze Janelas de percepção do reino vegetal, um tema também contemplado em seu programa educacional.

A partir daquele ano, meu envolvimento com os Florais da Califórnia foi tão grande que em 2001 eu me tornaria Practitioner certificada e, em 2003, viria a ser responsável pela implantação do Programa de Certificação Internacional em Terapia Floral da Flower Essence Society, incluindo o Treinamento de Practitioner, no Brasil – função que exerci até 2007, quando tivemos a expansão deste programa, que passou a ser a coordenado pela empresa Essências Florais.

Foi a própria Cynthia Asseff que me propôs um tema para palestrar no Encontro de Nacional de Terapeutas Florais, em 2004; a importância do estudo das famílias botânicas na prática da Terapia Floral.

Nossa! Aquilo foi um desafio, pois, naquela época, eram poucos aqueles que não saíam correndo ao ouvir o nome das famílias botânicas!! Com isto, decidi ser o mais “básica” possível e foquei na diferença entre as rosáceas e as liliáceas. Em que circunstâncias os “seres” destas famílias são importantes? O que difere os lírios das rosas? Como podemos lançar mão desta informação na abordagem de nossos clientes e na seleção apropriada das essências florais?
Bem, quem estava lá vivenciou esta diferença. A partir deste encontro, fui convidada pela Essencias Florais para fazer um primeiro curso sobre famílias botânicas. Deus Pai!! Outro desafio! Desta vez, iria abordar famílias botânicas contempladas em diferentes sistemas florais, incluindo alguns sistemas nacionais. Eu precisava de um método! Não dava para fazer algo aleatório.
Foi quando, numa conversa informal com Ian White, pesquisador dos Florais do Bush Australiano, sobre o Jacaranda ( nada por acaso! ) tive um insight que viria ser a minha linha mestra para este estudo das qualidades sutis das famílias botânicas. Um insight baseado nos astros, no simbolismo astrológico, incluindo os quatro elementos da natureza. Daí surgiu a botânica arquetípica planetária – o meu jeito de entender a linguagem da natureza!!

O curso de 2005 foi o resultado de um processo criativo frenético. Dormia e acordava pensando nas famílias botânicas e seus arquétipos. Tive uma enxurrada de insights que, muitas vezes, levaram-me a dar grandes risadas ou a chorar de gratidão. Sim!! Eu não estava sozinha neste processo. Sempre reconheci que estava sendo apenas um canal, um instrumento para precipitar estas informações.
Ainda em 2005, Lizete de Paula convidou-me para palestrar sobre este tema no 2º Conflor. Em homenagem à pesquisa dos florais nacionais, decidi falar sobre a família dos nossos ipês; a família Bignoniaceae, uma família com grande influência mercurial.
![Botânica Arquetípica apresentação 2] Conflor](https://cosmosdrops.files.wordpress.com/2018/11/botc3a2nica-arquetc3adpica-apresentac3a7c3a3o-2-conflor.jpg)
Depois disto, o estudo arquetípico das famílias botânicas entrou regularmente para a grade curricular de cursos de especialização e/ou de formação em Terapia Floral, além de continuar fazendo parte do programa de formação em Florais da Califórnia, ministrado no Brasil por diferentes professoras autorizadas, com a abordagem desenvolvida pela FES.

O simbolismo astrológico trazido para a compreensão das qualidades sutis das famílias botânicas permite-nos ir além nesta teia que une o homem à natureza. É a poesia no estudo da botânica: em uma botânica que, hoje em dia, está cada vez mais separada do Todo. Para os botânicos acadêmicos pode não passar de uma grande brincadeira, mas para aqueles que transitam no território da alma, de certo é uma grande ferramenta para a prática terapêutica.
Em 2017, a pedido de Talita Lazzuri, adaptei este estudo ao sistema Florais de Saint Germain, para o Practitioner realizado em Águas de São Pedro. Antes de começar minha primeira aula, fui avisada que sua mãe, a pesquisadora Neide Margonari, não poderia ficar até o final da mesma. Franco, seu irmão, viria pegá-la para um compromisso. E assim foi feito.
No entanto, Neide saiu e voltou logo em seguida. Fiquei sem entender o tinha se passado. Só depois, Talita me contou;
– Mamãe não quis ir com o Franco. Disse que sua aula estava muito interessante e ela não queria perder. O Franco teve que desmarcar o compromisso dela.
Bem, Neide terminou sendo aluna assídua em todas as minhas aulas. Ela e os demais colegas que, espero, jamais esqueçam as diferenças sutis entre os lírios e as rosas.

P.S – Acompanhe nossa agenda de cursos!
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Querida Mestra e Amiga, que Missão de Alma mais linda você tem! Me orgulho muito de ter sido sua aluna e ser um dos teus braços aqui na Suíça. Que este seu compromisso e partilha, seja eterno. Je t’embrasse fort, Cris