O autismo, a pandemia e a Semana Santa – uma questão de CON[S]CIÊNCIA
O autismo, a pandemia e a Semana Santa – uma questão de CON[S]CIÊNCIA
- abril 2, 2021
- Posted by: Rosana Souto
- Categoria: Autismo e essências florais

Neste ano de 2021, a Semana Mundial de Conscientização sobre o Autismo (29 de março a 04 de abril) coincidiu com a Semana Santa e, ainda, com este período em que vivenciamos a pior fase da pandemia do COVID -19 no Brasil.
Hoje, Sexta-feira Santa, 02 de abril, também é o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo e o final da semana de conscientização, 04 de abril, é o Domingo de Páscoa.
Sempre fui de respeitar as coincidências, ou melhor, a chamada sincronicidade. Para mim, o Universo não dá ponto sem nó.
Por este motivo, hoje é um dia ideal para repensarmos a VIDA a fim de desenvolvermos uma maior consciência da nossa “humanidade” como um todo, em comunhão com o próximo e com este planeta.
Que motivos levaram nosso Mestre Jesus a vivenciar tamanho sofrimento? Que ensinamentos Ele nos deixou?
Há mais de 2000 celebramos sua passagem pela Terra, seu legado de Amor, Tolerância e Compaixão. No entanto, quanto tempo mais levará para colocarmos em prática Seus ensinamentos?
Não basta ter Jesus no coração, exaltarmos seus feitos, se não O tomarmos como exemplo para nossas próprias condutas…
Durante todo este período da pandemia, vimos a intolerância, o ódio, o preconceito, a arrogância, a separatividade e a desigualdade social, dentre outros, crescerem de modo desenfreado. Governantes, políticos, imprensa, cientistas e autoridades de diversas áreas, divididos em suas ideias, cada um querendo impor sua verdade, com relação ao que é certo ou errado, ao que válido ou não, científico ou não, enquanto milhares perdiam/perdem suas vidas direta ou indiretamente em função do vírus.
Onde estão o Amor, incluindo o Amor ao Próximo, a Humildade e a Compaixão? Onde estamos falhando: na CIÊNCIA e/ou na CONSCIÊNCIA?
De modo semelhante, em função deste dia de conscientização sobre o autismo, é importante pararmos para refletimos como estas posturas de intolerância, arrogância com relação a um saber específico, em detrimento dos demais, as polarizações diversas, têm afetado esta comunidade. Que fenômeno é este, presente em todo mundo, que vem impactando a vida de tantas famílias, gerando incertezas diversas quanto ao futuro das novas gerações?
Assim como o agente causador desta pandemia, por mais que tenhamos alcançado um estágio evolutivo avançado na ciência, o autismo ainda é uma condição que desafia a mesma. Até hoje, ninguém consegue afirmar suas verdadeiras causas, sua origem. Não conseguem ou não querem enxergar.
Por outro lado, algumas intervenções terapêuticas, cientificamente aceitas e recomendadas, funcionam para alguns, para outros nem tanto. Cada um é um, com necessidades próprias e conteúdos visíveis e “invisíveis” únicos. Ainda assim, muitos acadêmicos rechaçam outras abordagens terapêuticas por considerá-las sem evidências científicas. Ou seja, não sabem de fato as causas, mas rejeitam outras áreas do saber que possam somar esforços para trazer esperança, minimizando as incertezas de tantas famílias com relação a um futuro autônomo e funcional de seus filhos.

Que postura é esta que a ciência ainda carrega consigo nos dias de hoje? Onde estão o Amor, a Tolerância, a Humildade, a Compaixão e acima de tudo a compreensão da UNIDADE de TODAS as coisas. A Física de Einstein já nos revelou que somos UM. Newton ficou para trás…
Mais uma vez, o que tem acontecido com relação à pandemia também acontece no meio do autismo. O que pode dar certo para alguns pode não “funcionar” para outros. Por este motivo, é importante que cada um tenha a liberdade de escolher o que é melhor para si ou para seus filhos.
Diante deste cenário, me pergunto: o que fizemos em termos de humanidade para que atraíssemos um agente invisível aos nossos olhos, com grande poder de destruição que tem levado tanto sofrimento à população deste planeta, instalando novos costumes, desafiando a ciência e os sistemas de saúde vigentes? Do mesmo modo, o que estamos fazendo em termos coletivos que pode estar por trás desta grande incidência do autismo em todo mundo?
Ah, você é daqueles que acham que a incidência do autismo não está aumentando, que é tudo uma questão da mudança da forma do diagnóstico e do diagnóstico precoce? Bem, sinceramente, eu gostaria de concordar com você nisto…
No entanto, não é isto que tenho visto nestes últimos anos. De modo similar às perdas de pessoas conhecidas, próximas, devido ao COVID-19, hoje está difícil não conhecermos alguém dos nossos relacionamentos que tenha um filho ou neto dentro do chamado Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).
Meu lado Engenheira, me intriga com esta questão: o que faz com que a incidência do autismo em localidades e/ou países como Hong Kong, Coreia do Sul e Estados Unidos seja tão alta? O que eles têm ou fazem em comum?

Bem, este site de uma empresa alemã, especialista em estatísticas, traz dados alarmantes. Por uma simples regra de três dá para ter noção do que está acontecendo no mundo. Hong Kong sai em disparada com uma taxa de cerca 1 a cada 27 crianças, Coreia do Sul, 1 a cada 38 crianças e Estados Unidos, 1 a cada 45 crianças – em 2020.
No Brasil, em função de toda a dificuldade para a realização do censo demográfico e as medidas que atingiram o IBGE, ainda levaremos um tempo para ter noção da nossa taxa de incidência. A luta continua…
Como estará a incidência daqui a 5 anos? Vocês já pensaram nisto? O que podemos fazer hoje para as gerações atuais e futuras deste planeta?
Voltando a Jesus e a pandemia, lembremo-nos que, segundo relatos dos seus discípulos, este homem curava com as mãos, com Suas palavras, com Sua presença, mesmo sem ter conhecimento da arte da cura. Ele nos mostrou um caminho em direção ao desenvolvimento do potencial humano maior – como seres divinos…
No entanto, para tal, nosso Mestre era a própria encarnação do Amor, da Tolerância, da Humildade e da Compaixão…Será que conseguiremos ser mais como Ele, juntando estas qualidades as nossas vidas para caminharmos juntos para um futuro mais fraterno, solidário, altruísta e inclusivo?
Depende de nós…
Boa Páscoa a todos!

PS – para saber mais sobre o uso das essências florais junto ao público autista, visite a área dos treinamentos ou a página referente ao Projeto Jardim Azul.