Doutor(a) das flores – O Terapeuta Floral e o dito popular

Custei a sair do clima da Rio + 20, não? É que adapatar-me à rotina dinâmica do Rio de Janeiro, depois da vida bucólica na Inglaterra, está levando um pouco mais de tempo. Mas, parece, que, agora, as coisas já começam a encaixar-se –  o novo dando espaço para as idéias povoarem a minha mente e o entusiasmo, para ir ao encontro de novos projetos, está de volta a todo vapor. Salve o meu lado geminiana!

Semana passada, por exemplo, ao separar alguns documentos para enviar ao Conaflor (Conselho Nacional de Autorregulamentação da Terapia Floral ), lembrei-me de um fato interessante, ocorrido há alguns anos, motivo deste post. É que, na minha carreira como terapeuta floral, andei recebendo alguns títulos, todos em decorrência do trabalho social realizado no Os Seareiros/Núcleo Mãe Maria. Alguns foram conquistados com muita dedicação e esforço, como o título de Practitioner da FES,

enquanto outros vieram naturalmente, por reconhecimento oficial ( Diploma de Honra ao Mérito Hebert de Souza – Betinho, concedido pela Câmara Municipal de Campinas )  ou por reconhecimento popular.  

Nenhum deles tem carga horária acoplada. No entanto, cada um contempla uma dimensão da minha carreira como terapeuta floral, especialmente o compromisso com a pesquisa/ensino e a responsabilidade social. Difícil dizer o mais importante. No entanto, dentre estes, há um que pouca gente conhece.

Em 2008, estava eu visitando outra instituição na Vila Brandina, Campinas, a instituição Plantando Paz na Terra ( www.plantandopaznaterra.org.br ) à convite da amiga, Neide Mafra, quando Tião, líder comunitário e um dos principais colaboradores daquela instituição, na época, chegou. Assim que Neide começou a apresentar-me a ele, Tião, com sua linguagem simples e poética, foi logo falando:  Ah… eu sei quem a senhora é. A senhora e seus remédios de flores me curaram ..

Antes mesmo de eu explicar de que não era bem assim, que eu não curava ninguém, que eu só prescrevia os florais para ajudar a própria pessoa a se curar, etc… Tião, com a voz tomada por emoção falou:

–  A senhora…a senhora…é a Doutora das flores….e pôs-se a contar a sua história de cura, um feedback inesquecível da atuação dos  florais, que eu havia enviado para ele, a pedido de sua mulher.

E foi assim que eu descobri o modo simples e carinhoso como o povo da Vila Brandina,  referia-se a mim: Doutora da Flores  – um título prá lá de especial, não?

Em tempo:

Segundo o Código de Ética das associações estaduais de Terapeutas Florais vinculadas ao Conaflor, a definição de Terapeuta Floral é: o profissional que, tendo formação, capacitação e habilitação requeridas e necessárias, acompanha, com o uso das essências florais (…), o processo de crescimento e transformação de consciência do indivíduo, através de uma escuta cuidadosa, de modo a possibilizar o alívio do sofrimento, o resgate da harmonia e equilíbrio, visando promover saúde, bem estar e melhoria na qualidade de vida.”