Encontrando um carvalho em Curitiba

Já aconteceu de você estar tomando um floral e, de repente, a planta que lhe dá origem surgir na sua frente? Isto é um tanto comum no âmbito da Terapia Floral, não é mesmo? Coisas da famosa sincronicidade…

A planta, às vezes, escolhe locais onde não dá para passar desapercebida – das floreiras em varandas de prédios, a quintais ou jardins.  Ela sempre arruma um jeitinho para chamar a nossa atenção…

No entanto, dar de cara com um carvalho no Brasil, é quase inacreditável. No mínimo, surpreendente… Carvalhos não crescem espontaneamente no Brasil. Não são árvores típicas das nossas matas…Pode ser, até, que nos vinhedos aqui do sul, alguns imigrantes tenham trazido mudas dos mesmos, em função dos famosos barris, para envelhecimento de bebidas. No entanto, eu não estava visitando nenhum vinhedo…

Na verdade, eu estava tomando o floral de Bach, Oak, feito das flores do carvalho inglês, Quercus robur, há algum tempo. Este ano, como se não bastasse uma vez, tive Dengue duas vezes: antes de viajar para a Inglaterra e assim que voltei de lá. Ambas contraídas em Campinas. Ainda não havia-me recuperado totalmente da primeira, quando peguei a segunda. O período de convalescença foi ainda mais difícil; a fraqueza, extrema. Oak e Centaury, florais de Bach, vieram para minha fórmula para colocar-me novamente de pé e dar continuidade ao meu trabalho.

A festa surpresa

Era véspera do meu aniversário e, aproveitando que o dia estava bonito, decidi ir ao Jardim Botânico, para voltar a caminhar, aos poucos. Já estava saindo para pegar o carro, quando ouvi um barulho familiar.

Nossa, parece o barulho de Aspen! – pensei comigo mesma.

Era aquele barulho do rufar de folhas ao vento. Busquei com meus olhos de onde vinha aquele som. O céu estava de um azul belíssimo, raro aqui em Curitiba. Vi uma árvore bem alta, com folhas já amareladas balançando, que pensei tratar-se de um plátano. Mas tinha algo estranho. O formato das folhas e seu colorido eram diferentes. Aquilo parecia um álamo ou melhor, alguma espécie do gênero Populus.

Decidi voltar e ir até lá para conferir quem era aquela árvore, que tinha-me chamado atenção. No entanto, nem cheguei até ela para dar-me conta que eu havia sido atraída para uma festa surpresa. Assim que peguei o caminho, dei de cara com um carvalho – um só não, dois pequenos exemplares deste ser maravilhoso da família das fagáceas. Mal podia acreditar no que estava vendo….as folhas com a borda denteada arredondada característica , o jeitão dos galhos acolhedores para os animais, o tipo de ranhura da casca, e o que é ainda melhor, para quem estuda os florais de Bach, as folhas também não tinham/têm talo. Será um Quercus robur? Não conseguia conter minha alegria! Dar de cara com um carvalho no Brasil!

Enfim, descobri que eu estava em meio aos seres exóticos do Jardim Botânico de Curitiba i.é, plantas/árvores de outros de outros países – um verdadeiro oásis para meu deleite: carvalhos, álamos, plátanos, coníferas de diversas espécies, dentre outros.

Saí do Jardim Botânico dando risada e agradecida pela minha festa surpresa.

O carvalho pode, até, não ser o mesmo do Dr Bach, mas a maneira como fui levada até ele, reforçou sua importância para meu processo de cura e a perseverança necessária para seguir adiante em meu propósito.

Assim que eu souber quem é ele, aviso a vocês. Curitiba está ficando, cada vez mais, interessante!