Os Florais de Bach em tempo do COVID-19 – a sincronicidade da natureza para nosso auxílio
Os Florais de Bach em tempo do COVID-19 – a sincronicidade da natureza para nosso auxílio
- março 27, 2020
- Posted by: Rosana Souto
- Categoria: Florais de Bach Florais de Bach e a pandemia do COVID-19
Que nada! Foi só chegar no aeroporto de Heathrow que comecei a sentir algo, realmente, estranho. Nunca passei tão rápido pela fila de imigração! Não tinha quase ninguém a minha frente!
Dali em diante, fui ficando atenta…Quase nenhuma loja aberta no saguão do desembarque. Tudo vazio, tranquilo demais.
Para completar, a primeira florada dos Florais de Bach que avistei, assim que o ônibus pegou a estrada, que me levaria à cidadezinha onde iria ficar, foi Gorse. Nossa!! Nunca havia reparado a quantidade de arbustos de Gorse as margens da M4, ainda bem perto do aeroporto! A quantidade das flores de cor amarelo vibrante, em contraste com os galhos espinhentos verdes escuros, atraíam os meus olhos. Fiquei buscando a florada da Cherry Plum, que normalmente, é um dos principais objetivos do treinamento de campo nesta época do início da primavera. Sim, ainda seria possível ver suas flores. No entanto, a florada máxima já havia passado naquela região. Definitivamente, o que veríamos em abundância seria Gorse.

Mais um outro sinal. É que Gorse é o floral de Bach que nos conecta com o sentimento da Esperança, da vitória nas grandes batalhas entre a vida e a morte ou no enfrentamento de circunstâncias onde a pessoa já perdeu a fé com relação a um desfecho positivo. Gorse atinge o máximo de sua florada bem próximo à Pascoa, lembrando-nos o episódio da Ressureição do Cristo. Fiquei ainda mais atenta.
Desta vez, fiquei hospedada na mesma cidadezinha do Bach Centre, pois queria conhecer mais esta região a pé. Na verdade, minha intenção era a de explorar as margens do rio Thames, em Wallingford. Há anos, vinha planejando isto. Ao longo destes anos, visitei esta cidadezinha várias vezes, mas nunca cheguei, de fato, ter a oportunidade de fazer isto – sozinha, a pé.
Portanto, tão logo me acomodei na casa onde iria passar este período, sai para conhecer meu território. Ainda nesta primeiríssima semana, fui caminhar ao longo do Thames.

Wallingford é uma cidade histórica, palco de grandes batalhas entre ingleses e invasores ( vikings). Também foi um mercado importante na idade média. Até hoje, temos ruínas de um castelo do século X , as margens do rio, onde arqueólogos buscam mais vestígios do passado. Vizinha de Brightwell, foi na loja maçônica de lá, que o Dr Bach proferiu uma de suas últimas palestras.

Para minha surpresa, em função de todo este histórico de batalhas, temos áreas totalmente desmatadas próximas ao rio, cobertas apenas por uma relva baixa. As poucas árvores que existem, na sua maioria salgueiros (wilows) encontram-se já bem projetadas na água.

No entanto, foi ali que chorei: de gratidão e alegria. Naquela margem, encontrei um exemplar de Aspen, tão antigo, tão antigo, que foi difícil reconhecê-lo. A parte de baixo do tronco era muito grossa. As ranhuras da casca mais pareciam as dos salgueiros/ willows antigos. No entanto, tinha uma leve coloração prata nas mesmas. Ao olhar para cima, bem no alto, consegui enxergar os amentilhos (catkins) característicos e perceber as famosas marcas “codificadas” no cinza prata claro dos galhos mais jovens. Eu nunca havia visto uma árvore de Aspen (Populus tremula) tão antiga. Cem anos? Cento e cinquenta anos? Quanto tempo teria aquela árvore?
Uma chuva forte, com vento, fez-me voltar e buscar abrigo. Não consegui fotografar aquela Aspen. No entanto, aquele encontro/descoberta não foi nada por acaso.
Na semana seguinte, com a situação na Europa, Brasil e Reino Unido mais agravada e já decidindo o que fazer quanto ao treinamento de campo e a minha volta, fui caminhar na outra margem. Do mesmo modo, encontrei poucas árvores. Praticamente as mesmas. Muitos Willows, alguns Pines, cercas de Cherry Plum ainda com flores, alguns exemplares de Aspen ainda jovens e mais um bem antigo, não tão antigo quanto o da margem esquerda. Suficiente, no entanto, para fazer cair a minha ficha quanto a mensagem que a natureza estava me passando.
Ali, em Wallingford, percebi que o mais importante, neste momento, é manter a esperança (Gorse) no futuro (Aspen). E o futuro, como a frase atribuída a Gregory Peck, pode ser ainda melhor e longevo/duradouro (como a antiga árvore de Aspen).

Assim, sigamos confiantes, respeitando as medidas de segurança, e mantendo acessa a chama da esperança com relação ao futuro.
Luz e Paz a todos!
P.S – Abaixo segue o vídeo da “live”, que realizei em parceria com a Healing Florais por ocasião do início da pandemia do COVID-19 no Brasil, em abril de 2020.
8 Comentários
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Belo texto e um alento para nossos e outros corações que entendem e acreditam nas mensagens da natureza. Grata. Bons e uteis aprendizados nesta quarentena…..forçada.
Maravilhoso!👏🏽👏🏽👏🏽👏🏽
Que maravilha Rosana!!!
Emocionada daqui com seu relato intuitivo.
Claro que nada por acaso.
Um verdadeiro poema a sequência das flores e suas sugestões.
Gratidão, Rosana por ser esse canal de LUZ entre momentos tenebrosos!!
Sigamos com esperança!!
Certos em dias melhores. Abraço querida mestra!
Sheila, querida, fico feliz em poder levar este alento a vcs! Gratidão e boa sorte nesta fase. Considere sempre estás essências junto com outras que vc julgar pertinentes tb. 😘😘🌹🌹
Gratidão sempre pela sua generosidade em compartilhar seus conhecimentos, me senti transportada as margens rio, olhando essa antiga árvore de aspen e junto com você também chorei de gratidão. 🙏
[…] […]
Que belíssimo relato. Algo muito místico e sensível. Me emocionei ao ler. Dá para sentir como se Dr. Bach estivesse ali nos ensinando em uma aula de campo, a ler a sutilezas das plantas e aprender suas características para desenvolver em nós as virtudes necessárias diante das adversidades. Parabéns! Tenho o sonho de conhecer o Instituto de Bach na Inglaterra e o inlustrissimo sr. Jullian Bernnard se puder me ajudar com informações nascimentorn@yahoo.com.br
Oi Andre´,
obrigada por suas palavras! Conhecer o Bach Centre é fácil, estando em Londres. Fica aberto a semana toda, fechando nos finais de semana e feriados. É sempre bom conferir os feriados, no Reino Unido, antes de fazer a programação. A estação mais perto de lá é a de Didcot Parkway – saindo de London Paddington. Em Didcot, é só pegar um táxi para o Bach Centre (Brightwell). Consulte o site do Bach Centre, para mais informações. Já o Julian Barnard, é um pouco mais difícil. Normalmente, só conseguimos estar com ele em visitas de grupo previamente agendadas (professores Healingherbs e alunos). A região do laboratório da Healingherbs é bem longe de Londres – próxima ao País de Gales. e qualquer visita muda a rotina do laboratório. Por isso, esta não é aberta ao público em geral. Quem sabe, um dia vc se junta ao grupo de meus alunos? Um abraço!